Semana passada comentei sobre o sensacionalismo da mídia no caso Eloá. Não quero ficar batendo na mesma tecla, mas ao assistir a uma entrevista no programa do Jô (não vou pra cama sem ele), me senti tentado a tocar novamente no assunto. E como não resisto à tentações...
O entrevistado foi o fotógrafo americano Greg Gibson, ganhador por duas vezes do prêmio Pulitzer* de Fotojornalismo. Na entrevista Greg comentou sobre sua atuação nas campanhas presidenciais americanas e sobre os escândalos da Casa Branca, vale salientar que o fotógrafo foi muito discreto quanto aos comentários dos escândalos, o Jô que ainda tentou puxar algo mais, porém o fotógrafo não deu corda.
O entrevistado foi o fotógrafo americano Greg Gibson, ganhador por duas vezes do prêmio Pulitzer* de Fotojornalismo. Na entrevista Greg comentou sobre sua atuação nas campanhas presidenciais americanas e sobre os escândalos da Casa Branca, vale salientar que o fotógrafo foi muito discreto quanto aos comentários dos escândalos, o Jô que ainda tentou puxar algo mais, porém o fotógrafo não deu corda.
Um de seus prêmios foi pela cobertura do escândalo Mônica Lewinsky, em 1999. Também foi esse prêmio que o fez mudar de foco. Conta Greg que durante o período que cobria o escândalo ocorreu um fato que o fez observar como a mídia americana vinha trabalhando o caso. Certo que se o presidente dos Estados Unidos for fotografado de cueca rosa já é tema para escândalo. Adultério e sexo oral então... Tudo bem é algo catastrófico. Mas ao ver uma menina de vinte e poucos anos rodeada de seguranças para atravessar uma rua e um cerco de jornalistas, fotógrafos se debatendo para alcançar a melhor imagem ou um espirro de Mônica, fez Greg ter aquela célebre pergunta que nos incita em algumas situações: “O quê que estou fazendo aqui?”. “Que bem estou trazendo para o mundo?”. Greg se sentiu um paparazzo. O pior é que foi premiado por isso.
Em 2000 Greg abandonou sua privilegiada posição de fotojornalista de campanhas presidências e passou a fotografar casamentos. Pode-se pensar: “Que cara louco!”. Os eventos sociais registrados pelas lentes de Greg têm sempre um olhar jornalístico e certamente ele sente que seu trabalho gera algo bom nas pessoas.
As fotos dos presidentes e dos escândalos já deixaram de ser capa de jornal. Mas as fotos dos casamentos, estas sempre estarão guardadas na memória das pessoas fotografadas por ele.
* O prêmio Pulitzer é o mais importante e respeitado do jornalismo dos Estados Unidos. Ele foi criado em 1917, seis anos após a morte de Joseph Pulitzer, húngaro naturalizado americano, então dono do St. Louis Dispatch e New York World. Ele manifestou em vida sua vontade de criar um prêmio que estimulasse a o jornalismo e as artes.
As fotos dos presidentes e dos escândalos já deixaram de ser capa de jornal. Mas as fotos dos casamentos, estas sempre estarão guardadas na memória das pessoas fotografadas por ele.
* O prêmio Pulitzer é o mais importante e respeitado do jornalismo dos Estados Unidos. Ele foi criado em 1917, seis anos após a morte de Joseph Pulitzer, húngaro naturalizado americano, então dono do St. Louis Dispatch e New York World. Ele manifestou em vida sua vontade de criar um prêmio que estimulasse a o jornalismo e as artes.
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